domingo, 13 de janeiro de 2008

brinde (mallarmeano) a vasko popa

um monumento ao ar –
brasília –
para o olhar flamante de vasko
popa
meu amigo à proa
de vidro do sonho que voa.

entre o mármore passivo e o oxigênio
móvel
preferir este último
que enraíza nas veias – o mais íntimo
reduto do homem: o seu pulso.

no livro ler além do livro
ler na arquitetura o espaço livre –
leciona esse olhar.

poetariado: à senha da poesia
circula um verso subversivo
e em teu nome vasko eu saúdo
os carbonários desse verso vivo.

(Haroldo de Campos)

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