segunda-feira, 26 de maio de 2008

Lindo, tórrido...

Entro numa virtualidade sem fim, chego a um poema...
Oswaldo, com a Cosmologia do Impreciso...
É como se pudesse me tocar cá em Minas...
Sinto-me a própria mendiga...
Escorre gozo por entre as pernas...
Onde tece sua poesia?
Em que recantos, desvãos?
Quantas Madalenas mais tecerás para que as encontre, eu mesma, todas em mim?
Lindo poema... Mineiro.



"a mendiga de cristo

uma madalena com os seus vícios
sem pregas e agradecimento uma
a nos pedir mais mais e mais ressuma
o gozo que dos pés até o fictício

céu das bocas grita por nomes crus
uma, ofegante de prazer nos corpos
túrgidos, a que se deitasse nua
sobre o deserto e – cega de calor –

mais nas coxas firmes na racha a sede
de eternidade rogasse, a que contra
a morte se insurgisse, a que seus pares

com as pernas abertas para o flerte
convocasse à comunhão dos bares
e, como sempre, estivesse pronta "

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