sábado, 5 de julho de 2008

Poema do dia

CANÇÃO NOTURNA

(TRAKL)

O hálito do imóvel. Um vulto rígido
De animal no azul, sua santidade.
Poderoso é o silêncio da pedra.

A máscara da ave noturna. Um triplo
Som morre num só. Elai! O teu vulto
Dobra-se mudo sobre águas azuis.

Espelhos silenciosos da verdade!
Na fronte de ébano do solitário
Surge o reflexo de anjos decaídos.

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