terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A porta de Elvira

a porta de elvira

para elvira vigna, que me fez uma homenagem numa linda porta


porta com seus caralhinhos voadores
qual em um soneto de odores sujos
recende a palavras rudes e a verbos
que celebram os vagidos da vulvas

onde esta porta neste soneto inscrito
se faz a emoção dos líquidos puros
como lapa ou os banheiros ou muros
do subúrbio inscrevem atrevidos

cus bucetas e os velhíssimos números
para contato das putas dos veados
dos homens que cirandam recriados

pelas ficções da arte dos grafites
a óleo a caneta a sangue nos ventres
desalinhados: porta-soneto, em riste.

(oswaldo martins)

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