quarta-feira, 13 de junho de 2012

desimitação de Alphonsus de Guimarãens


1

da saia
que de par em par
ruflou

borboletas azuis
saíram

as fortificações
se o mar brame
em sonhos

aos calores de maio
dançam nos discursos

dos estetas
espedaçados


2

se o que antes borboletas eram
agora nos paus de canela

da saia
outras ramificações

3

o cheiro
se tanto

à água

se tanto
ao céu

o acre

sabor
das saias

(que se agitam)
à noite

os desencantos
cedem

à álacre
vertigem

do conluio
das entrepernas
e gozo

(oswaldo martins)


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