quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

antiode para os tatibitates


os tatibitates com suas cláusulas atemporais inventam privadas famílias privados usos do poder e privadas privadas onde defecam suas fezes de jantares funestos os tatibitates usam touca ao anoitecer para aquecer os miolos com a febre as hemoptises os hivs

e as modorras das novelas dos jornais que pingam sangue e medo nos lares face-burguês nas explosões do cabo das pontes que não caíram aqui ou alhures onde lhes aprouver a intenção falaciosa do inimigo da hora

reinventam as muriçocas da dengue da febre amarela das utis ceias de bactérias e caixotes imensos onde o corpo se deixa ficar quieto esperando o atestado o intestado instrumento que louva a morte profiláctica e limpa

os tatibitates se comovem com a noite e rezam quando o mundo os surpreendem com as calças o pinto murcho na mão e os fundilhos rotos da miséria alheia quando reagem às bossas dos artistas de pacotilha e infinitas solidões intimistas

choram os tatibitates assim revelados como gansos desafogados cheios de romantismos idealizações com que privam das privativas sensações do pseudo abandono da pseuda dor dos que ao fazerem poemas são os defeca dores sentimentais da poesia

os tatibitates preferem despir as mulheres às oito horas e proibi-las no curso livre das passistas de corpo rechonchudo que balançam ao ritmo do dia nas catracas das lotações das latas d’água na cabeça e no tufão dos quadris

os tatibitates preferem as pererecas robustas das barrigas trabalhadas nas academias de busto americano e coxas-tanque preferem o uso dos eufemismos à bela palavra tabasca, que babacas são os tatibitates os tatibabacas dos tatibobocas

com estes que tatibabaqueiam cuidado
que são os que tatiboboqueiam avessos aos boquetes aos minetes à alegria do sexo

tatibitates que usam na bô boca cruéis regimentos de leis e ordem e progresso ou a pátria sempre enquanto nas deltas de vênus agem como agiam os funestos deuses do latrocínio e do assassínio aos poucos na asfixia do crédito na mão boba
dos dez por cento
do toma lá da cá que o chiquinho eternizou
com seus delírios de pobreza e víveres retirados aos pobres
os taitibitates não comem à santa mesa o corpo de santa clara madalena
e preferem foder o cu do pobre com o conservadorismo do papa alemão

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