quinta-feira, 13 de junho de 2013

cravos vermelhos

as flores de plástico são os umbigos
da inocência não alimentam porcos
servem à higiene aos lavatórios pios
ao nojo das garotas e garotos ocos

flores de plástico não servem viram
moradas do pó e nenhum mosquito
se cria ali florescem sem sol ou sal
as solitárias da máxima romântica

preferem os ademanes das rosas
a boa educação satisfeita da pança
cheia o champanhe os clichês semi
eruditos da inteligência nas ancas

as flores de plástico são o cogumelo
da prudência a rua deserta as casas
bunker de aço e nenhum estilhaço
tão sensíveis coitadas se horrorizam

quando explodem nas ruas da cidade
os cravos rubros da vida e da guerra


(oswaldo martins)

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