terça-feira, 18 de junho de 2013

minissaia

riso de coxas as curvas do caminho
o anjo azul bordado em fios de rua
uma mulher de riscos frenesi e cor

rizomas soltos gargalham a festa
do levante come a can-can perna
o olho de um deus fodido e pleno

os corpos sob a luz de atalanta
emergem da ordem das vestes
desfiadas e índios velhos põem

do pajé em pé a borduna
e o talho vermelho das
moças em despudor

(oswaldo martins)

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