quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Voto em Dilma

O voto em Dilma é um dever da consciência.

As questões colocadas durante seu primeiro mandato estão longe de estarem todas resolvidas; muito há que se fazer ainda, para que a autonomia dos cidadãos se torne plena, para que as cidades cingidas possam ser compartilhadas de igual maneira por todos os seus habitantes, para que o acesso aos bens de consumo, para que o acesso às ruas, para que o acesso aos bens culturais, educacionais e de saúde se tonem eles também plenos.

Os avanços sociais que os últimos governos alcançaram devem ser mantidos e não podemos esperar mais quinhentos anos para que a revolução silenciosa – mas não muito – se cumpra e para que todos possamos, de chinelos e bermudas, tomarmos nossos lugares nos aviões.  Não podemos esperar mais quinhentos anos para que o nariz levantado de nossas elites desapareça e passe a cheirar como todo nariz cheira. As oportunidades históricas passam por nossas portas e não devemos recusá-las, sob pena de retrocessos desastrosos par auto estima das pessoas que compõem a nação.

Vivemos nestes doze anos de governo petista uma série de transformações culturais que, na verdade, só serão percebidas pelas próximas gerações. A transformação econômica retira dos bolsões miseráveis um enorme contingente da população que vai se educando para cobrar seus direitos, para participar das decisões nacionais, sem que se perca nas maquinações midiáticas que a todo tempo dizem “não, não avance”.

Avançar hoje no Brasil é necessariamente manter as conquistas adquiridas – e não doadas. A chegada de um operário à presidência do país, de uma ex-guerrilheira à presidência do país cobra séculos de esquecimento a que foram relegados os que como eles participaram da subsistência em tempos áridos como o sertão, áridos como a espoliação mediada pelo capital estrangeiro que nos escravizou, com dívidas quase eternas na cultura, na saúde e na educação.

Haveria, de fato, outra opção? Votar contra o aborto, votar contra a eutanásia, votar contra as  pesquisas de ponta que tratam da vida enquanto ciência,  votar contra os homossexuais, votar contra as cotas, para quem acredita no estado laico e independente, não é uma opção válida.

Avançar hoje significa votar na Presidenta. Votar na consciência que tenho do que é política.


(oswaldo martins)

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